quarta-feira, 4 de abril de 2018

Sensacional

Nesta semana, andando pela UCS, encontrei Maria Isabel, ex-aluna do Colégio Imigrante,  que me deu um abraço, agradecendo a oficina que o Pibid oportunizou sobre a redação e a interpretação nas provas do Enem. Ela estava muito feliz com sua nota. Durante nossa conversa, perguntei se ela poderia escrever um depoimento sobre essa experiência. Então...

Olá, eu me chamo Maria Isabel e vou contar um pouco sobre a minha experiência como aluna do PIBID de Letras/Português durante o ano de 2017.
Ano passado estudei no Colégio Estadual Imigrante e estava aflita, pois era a nossa vez de fazer o ENEM, concorrer às vagas em universidades. Quando a proposta do PIBID chegou a nossa escola, todos perceberam a oportunidade de melhorar o desempenho. Infelizmente, muitos alunos não puderam comparecer nas oficinas oferecidas em turno contrário,  por conta de trabalharem fora, mas os que participaram, assiduamente, das aulas ministradas pelas estudantes de Letras da UCS, obtiveram uma melhora notável. No início do ano passado realizei um simulado do ENEM no qual minha nota na redação foi 680. Em novembro, quando realizei a prova definitiva, após as aulas de redação, eu me sentia preparada para escrever um texto digno de uma boa nota. Meu resultado evoluiu de 680 para 940. Com meus colegas não foi diferente, todos os demais obtiveram uma pontuação muito satisfatória com relação à redação. Além disso, as aulas que focavam na interpretação de texto auxiliaram muito, afinal, são enunciados longos e cansativos e durante as aulas dicas foram enfatizadas,  ajudando na hora de realizar uma boa prova.

 Ter essa experiência foi incrível,  pois pude perceber que, desde o início da sua formação, um professor já é capaz de mudar a vida do seu aluno e acaba sendo marcado e reconhecido pelo seu excelente trabalho.


Retratos de uma trajetória


Nos dias 09 e 10 de março de 2018, ocorreu o II Seminário Institucional  PIBID-UCS,      objetivando:

  • 1. Promover a interlocução, reflexão e avaliação acerca das ações desenvolvidas pelos professores e futuros professores, com o foco nas possibilidades e limites da relação entre universidade e escolas públicas
  • 2. Socializar as produções científicas desenvolvidas pelos bolsistas do PIBID-UCS
  • Analisar as possibilidades e limites da relação entre universidade e escolas públicas
  • 3. Aprofundar o debate sobre políticas públicas para a formação de docentes para a educação básica
  • 3. Discutir o PIBID como um processo de formação de sujeitos
  • 4. Avaliar o processo e os resultados dos quatro anos de atuação do PIBID-UCS em seu campo de atuação.
  • A programação do evento, palestras e comunicações  podem ser encontradas no link https://www.ucs.br/site/eventos/ii-seminario-institucional-do-pibid-ucs-retratos-de-uma-trajetoria/ 
Palestra de abertura com a professora Dra Terciane Ângela Luchese
Profissão Docente: decência e resistência


Leitura além da escola

O que ler? Como ler? Para que ler? Como a leitura pode ir além da escola? A leitura pode transformar?

Pensando nessas questões, em uma das reuniões de planejamento, o grupo decidiu realizar um projeto que envolvesse os alunos dos terceiros anos em uma atividade na qual eles pudessem levar a leitura de textos literários para outros espaços, além do escolar.

Surgiu então o projeto "Leitura além da escola", no qual os alunos dos terceiros anos, sob a orientação dos pibidianos, escolheram contos para serem lidos, narrativas para serem contadas por eles em diferentes espaços como o Lar São Francisco, que abriga idosos, nas escolas de Educação Infantil Perci dos Santos, Creche Leon e Escola Wanda Pontalti.

Durante a avaliação do projeto, os alunos do Ensino Médio participantes destacaram em seus depoimentos seu agradecimento "por ter nos escolhido para participar de um projeto tão gratificante como esse e com certeza vamos levar isso para nossas vidas".

Alunas do Colégio Imigrante

terça-feira, 3 de abril de 2018

Projeto: jogos gramaticais


A ludicidade na perspectiva pedagógica: projeto de jogos gramaticais



            A cada dia fica mais complicado encontrar uma forma de fazer com que os alunos fiquem atentos e apreciem as aulas. O professor, constantemente, precisa estar em contato com novas estratégias metodológicas e propostas lúdicas para atrair o estudante.
            A ludicidade consiste, justamente, no ato de brincar, utilizando recursos como jogos, desafios e brincadeira. Há algum tempo, esse termo foi agregado ao campo educacional, assim, alguns autores como Kishimoto (1994, 2008, 2010), por exemplo, iniciaram seus estudos incorporando a brincadeira ao ensino. Esses autores defendem que a ludicidade deve fazer parte do processo de ensino-aprendizagem, pois com ela o aluno aprende brincando e consegue construir a significação por meio de uma atividade concreta.
Entretanto, não é qualquer atividade lúdica que pode fazer parte do âmbito pedagógico. Segundo Rau (2012), a atividade lúdica pedagógica precisa ter uma finalidade e um objetivo a ser atingido, assim,

o jogo torna-se então um meio para a realização dos objetivos educacionais, e ao educando [...] deve ser garantida a ação livre, iniciada e mantida unicamente pelo prazer de jogar é atrelada aos objetivos educacionais sistematizados pelo educador (RAU, 2012, p.31).

Para que a aprendizagem se torne conhecimento ela necessita de significação, nesse caso, o lúdico contribui significativamente para essa transição. O jogo como recurso de ensino, além dos aspectos já citados, também é um método que proporciona ao aluno uma evolução, já que ao jogar alguns obstáculos precisam ser superados e estratégias precisam ser criadas, enriquecendo ainda mais a aprendizagem.
Por tudo isso, conclui-se que o ensino associado à ludicidade é uma metodologia que proporciona ao aluno uma aprendizagem mais significativa. Vale ressaltar, também, que as estratégias lúdicas não são exclusividade da educação infantil, como muitos acreditam, alunos de ensino fundamental e médio também podem ser beneficiados com esse mecanismo, cabe ao professor adequar seus objetivos às propostas.
Pensando nisso, desenvolveu-se no Colégio Imigrante, no ambiente da biblioteca, com os alunos dos terceiros anos atividades lúdicas envolvendo revisão de aspectos gramaticais, dentro âmbito da morfologia, uso da crase, acentuação e ortografia. Os jogos foram baseados em jogos já consagrados como Jogo da Memória, Uno e Bingo.

REFERÊNCIA:
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica [livro digital]. Curitiba: Intersaberes, 2012.


PROJETO DE LEITURA LITERÁRIA

Oficina: O que é o mundo?
Jasmine Busetti
A visão de mundo das pessoas pode ser extremamente variada, dependendo das vivências e das experiências o indivíduo consegue criar um conceito individual do que é o mundo. A literatura também proporciona uma visão de mundo de acordo com quem a escreve e da forma que ela é escrita.
            Foi a partir dessa possibilidade de ver o mundo de muitas formas que a oficina intitulada “O que é o mundo?” criou forma e foi desenvolvida no Colégio Imigrante com turmas de 3º ano do Ensino Médio.
Nela, a ideia de mundo apresentada pelos alunos juntamente com as experiências proporcionadas pela leitura de contos, como: “O mundo”, de Eduardo Galeano; “Tía Cristina Martinez”, de Ángeles Mastretta; “Ideias de Canário”, de Machado de Assis; e “No retiro da figueira”, de Moacyr Scliar, compuseram uma interação coletiva, que visava responder a pergunta que dá forma ao projeto.


Com esse propósito, conseguiu-se criar uma teia de conceitos, que juntos formam uma forma de olhar para nosso mundo, tão diverso e complexo. Além dessa atividade, algumas discussões foram feitas acerca das problemáticas presentes no mundo.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Mostra Fotográfica do Projeto de Letramento Literário



Fotos da exposição realizada no bloco H da Universidade de Caxias do Sul

 





Detalhe de uma das fotos



Destaque: foto e poema da aluna Laura Rossini, turma 302


Uma proposta de letramento literário: o que é o mundo?



            A visão de mundo das pessoas pode ser extremamente variada, dependendo das vivências e das experiências, o indivíduo constrói sua visão de mundo. A literatura também proporciona um olhar diferenciado, de acordo com quem a escreve e a lê.
            Foi a partir dessa múltipla possibilidade de ver o mundo que a oficina intitulada “O que é o mundo?” nasceu e desenvolveu, com os alunos dos terceiros anos, as seguintes atividades: 1.sensibilização por meio da formação de uma teia com um novelo de linha, sintetizando uma definição de mundo em uma ou duas palavras; 2. leitura de narrativas literárias, objetivando aproximar literatura e conhecimento de mundo; 3. orientação para a realização de uma foto que demonstre a visão de mundo de cada aluno.  
A ideia de mundo apresentada pelos alunos juntamente com as experiências proporcionadas pela leitura dos contos: “O mundo”, de Eduardo Galeano; “Tía Cristina Martinez”, de Ángeles Mastretta; “Ideias de Canário”, de Machado de Assis; e “No retiro da figueira”, de Moacyr Scliar, compuseram uma interação coletiva, que visava responder à pergunta que dá corpo ao projeto.
Como conclusão, os alunos foram questionados sobre algumas problemáticas presentes no mundo e procurou-se mostrar como a literatura revela caminhos possíveis de ver (o) e estar (no) mundo.



terça-feira, 6 de junho de 2017

Literatura, sociedade e estudantes


Em maio de 2017, faleceu o sociólogo e crítico literário Antonio Candido, um dos mais importantes teóricos da literatura brasileira. Em diversos planejamentos, o PIBID Letras-Português tem utilizado suas obras como referencial teórico para preparar nosso material. Mais do que estudos específicos, o crítico nos permite refletir sobre como deve ser o ensino da Literatura.

É Cândido, no livro Vários Escritos, que afirma: “os valores que a sociedade preconiza, ou os que considera prejudiciais, estão presentes nas diversas manifestações da ficção, da poesia e da ação dramática. A literatura confirma e nega, propõe e denuncia, apoia e combate, fornecendo a possibilidade de vivermos dialeticamente os problemas.”. Portanto, sabemos que, ao trabalhar literatura em sala de aula, preparamos nossos alunos para ponderarem sobre a realidade em que estão inseridos. Cabe ao professor realizar essa aproximação quando o aluno não é capaz de enxergá-la.


Assim, ao apresentarmos textos literários em sala de aula, devemos fazê-lo de modo a demonstrar ao aluno como aquela obra dialoga com sua realidade, para que, dessa forma, ele compreenda a literatura como arte e conhecimento; um meio pelo qual é possível refletir sobre suas experiências de vida além da sala de aula. É com essa possibilidade em mente que tentamos sempre planejar os encontros e oficinas, pensando em momentos proveitosos e prazerosos para os estudantes.

Oficinas do Enem: Módulo I
Análise e estratégias de leitura de questões (língua e literatura)


                Compreender e interpretar as questões do Enem se torna um dos pontos mais importantes da prova, já ambas as competências aliadas ao conhecimento do conteúdo solicitado poderá garantir um resultado positivo. Uma grande porcentagem de erro nas questões está na falta de compreensão do que está sendo solicitado, levando consequentemente a conclusões precipitadas, mesmo quando o aluno conhece o conteúdo em si. Buscando sanar esse problema, a presente oficina tem por objetivo a análise de questões do Enem, buscando trabalhar estratégias de compreensão e de interpretação.
O primeiro módulo das Oficinas de Língua Portuguesa para o Enem consistiu na análise de questões de interpretação. O módulo foi dividido em dois dias, seguindo a seguinte organização:

1º dia: Análise de questões de Língua Portuguesa

            Num primeiro momento, foi apresentada a diferença entre compreensão e interpretação por meio de exemplos para ilustrar e facilitar o entendimento do aluno. Depois disso, foram expostas quais são as exigências que o aluno precisa atender para ser bem-sucedido na realização da prova.
            Em seguida, foi trabalhado o aspecto dos comandos verbais que são importantes, pois é por meio deles que o aluno conseguirá identificar o que a questão está solicitando. Feito isso, foram analisadas cinco questões de interpretação e gramática em conjunto com os alunos. Finalizada a análise, os alunos receberam mais cinco questões que foram resolvidas individualmente e, após a conclusão da atividade, foram socializadas as respostas e discutidas as dúvidas.

2º dia: Análise de questões de Literatura

            No primeiro momento, os alunos realizaram uma atividade que consistia na elaboração do enunciado de duas questões do Enem a partir do texto e das alternativas. Em seguida, foi feita a análise de sete questões, esclarecendo dúvidas acerca dos períodos literários mencionados nas mesmas. O módulo foi finalizado com a realização de questões de modo individual.
            O primeiro módulo foi concluído com sucesso e os alunos relataram que foi uma experiência positiva. Além disso, para as pibidianas, como futuras professoras, participar do planejamento e da realização da oficina foi gratificante e enriquecedor.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Oficina de Língua Portuguesa para o Enem

       O  Enem é a forma de avaliação dos estudantes de escolas públicas e particulares do Ensino Médio, auxiliando, também, no ingresso de alunos em universidades federais, por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), e em universidades privadas, por meio do Prouni (Programa Universidade para Todos). Por isso o Exame Nacional do Ensino Médio torna-se tão concorrido entre os discentes.
      Dessa forma, nosso grupo do PIBID fez um levantamento na escola para saber se os alunos teriam interesse em participar de oficinas voltadas à preparação para as provas desse exame. Diante das necessidades elencadas pelos alunos, planejamos as Oficinas do Enem, focando os estudos em Língua Portuguesa e Literatura, destacando aspectos relevantes no que diz respeito à redação, à leitura e interpretação, à pontuação e aos conteúdos dessas áreas de conhecimento exigidos nas últimas avaliações.
      A oficina foi dividida em três módulos:
1.     Análise e estratégias de leitura de questões interpretativas (língua e literatura)
2.     Pontuação na produção textual e interpretação;
3.     Redação para o Enem.
     A compreensão e a interpretação das questões do Enem são fundamentais para um bom resultado no exame, assim como uma redação coesa e coerente. Em vista disso, a oficina tem como objetivo analisar questões e redações, buscando estratégias que possibilitem o desenvolvimento da competência leitora e linguística dos alunos. 


terça-feira, 2 de maio de 2017

Pibid

Leitura literária: uma ideia em ação


A importância da leitura pode estar clara para nós, professores, porém deve ser reforçada diariamente para nossos alunos, por meio de trabalhos desenvolvidos em sala de aula e por outros recursos. É preciso deixar claro que ler um jornal, ou qualquer texto não-literário é tão fundamental quanto ler um texto literário, pois este contribui para a compreensão de  mundos, tanto de nossa época quanto de outras das quais não participamos, mas que está ao alcance de algumas páginas.

Com esse objetivo, as bolsistas do Pibid elaboraram e aplicaram uma ação que visou a leitura literária de obras literárias que fizeram parte de um projeto maior desenvolvido pela escola: as salas temáticas literárias.

A Oficina inicialmente trabalhou com textos literários previamente selecionados pelas professoras da escola, buscando construir com os alunos um percurso de leitura de obras como: Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto, Corpo de Baile e Grande Sertão Veredas, De Guimarães Rosa, Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca, Cemitério de Elefantes, de Dalton trevisan, A hora da Estrela , de Clarice Lispector. A leitura das narrativas e dos poemas propiciou o esclarecimento das pistas possíveis de serem observadas no trabalho artístico da linguagem  desenvolvido pelos autores e apresentou novos aspectos a serem abordados referente às obras. A culminância foi a organização de salas temáticas que, visualmente, expressaram a percepção dos alunos em relação aos textos. Isso proporcionou aos visitantes e participantes uma experiência única de imersão na literatura.

Pibid Sertões Veredas.jpg

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Entre os Muros da Escola: ficção ou realidade?

 

Entre os Muros da Escola é um filme francês que foi lançado em 2008. O longa metragem é muito conhecido no meio acadêmico, pois a partir dele emergem muitas discussões sobre a realidade do que acontece dentro da escola.  Pode-se dizer que a ficção transcende a realidade, uma vez que muito do que vemos no filme condiz com a realidade escolar.
 A história é focada no professor de língua francesa François Marin, que é interpretado pelo próprio autor da obra, François Bégaudeau.  O filme aborda os conflitos entre professor e aluno, dentro da sala de aula, e as relações dos docentes, na sala dos professores. É possível observar os muros que existem dentro da escola: muros que separam professores e alunos.
A tarefa de motivar a aprendizagem não é fácil, ainda mais em uma turma heterogênea, como a do filme. Mas ao pensar nas diferenças, é importante refletir que elas sempre existirão, evidentes ou não. Cada aluno é um ser único! Ser um bom professor é ser capaz de identificar as individualidades de cada um e moldar sua forma de ensinar.